19 março 2009
12 março 2009
Ana Saldanha
A escritora Ana Saldanha desloca-se à nossa Escola, no dia 19 de Março, a convite da Biblioteca. Esta actividade pretende promover o contacto com os escritores, como forma de incentivar os alunos à leitura e à escrita.
Ana Saldanha nasceu em 1959 no Porto. Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Português e Inglês) em 1981, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 1992 fez o Mestrado em Literatura Inglesa pela Universidade de Birmingham. Em 1999 doutorou-se na Universidade de Glasgow com uma tese sobre Rudyard Kipling e a sua obra infantil. É actualmente leitora de Português na Universidade de Glasgow. Ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada com o seu romance Círculo Imperfeito e tem-se também dedicado à tradução. Mas é sobretudo conhecida como autora de livros para jovens, domínio em que se afirma como uma das vozes mais seguras e promissoras do panorama português contemporâneo.
Pela sua obra recebeu vários prémios:
1994 Três semanas com a avó, romance juvenil, Verbo (menção honrosa do Prémio Adolfo Simões Müller)
1995 Círculo imperfeito, romance, Presença (Prémio Cidade de Almada 1994)
Uma questão de cor, romance juvenil, Edinter (recomendado pelo IBBY; seleccionado para as Olimpíadas da Leitura de 1996; finalista do Prémio Unesco de Literatura Infantil e Juvenil em Prol da Tolerância de 1997).
A princesa e o sapo e Dentro de mim (ambos da série, Era uma vez... outra vez), Pico no Dedo, O Pai Natal preguiçoso e a Rena Rudolfa, Escrito na parede, e Sam e o som e O Romance De Rita R., são algumas das obras mais recentes da autora. Em 2007 publica a novela juvenil Os factos da vida.
06 março 2009
05 março 2009
02 março 2009
Semana da Leitura
Caetano Veloso - Livros
A letra
Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou – o que é muito pior – por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas
A letra
Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou – o que é muito pior – por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas
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