Recados de mãe, Maria Teresa Maia Gonzalez
«Pode ser que a mãe tenha pedido a esse pássaro para ir ter contigo à tua sala, para te fazer companhia...
A ideia era boa demais, mas tão apetecível que não resisti a perguntar:
- Achas que a Mãe, agora, pode falar com os pássaros, Clara?...
- Porque é que não há-de poder? Ela não está no Céu? Os pássaros não andam por lá também? Então?!
Os olhos encheram-se-me de lágrimas da mais pura alegria.»
Da cumplicidade entre duas irmãs e da sua capacidade para enfrentar a mais difícil situação das suas vidas se faz este livro escrito com a mestria e a sensbilidade a que nos habituou Maria Teresa Maia Gonzalez.
Como viver o fim da vida, quando não se atingiu ainda os 40 anos e se é mãe de família? No último Outono, Marie-Laure Picat toma conhecimento que padece de um cancro maligno fulminante. O seu primeiro pensamento dirige-se aos seus filhos: o que lhes acontecerá após a sua morte? Decidida a assumir o papel de mãe até ao fim, escolhe ela própria uma família de acolhimento, estando disposta a enfrentar todos os obstáculos: não, não lhe compete a ela decidir o futuro dos seus filhos, mas sim ao juiz, após a sua morte. Não, nada garante que a Julie, o Thibault, o Mathieu e a Margot serão criados juntos. Não, não irão viver no local em que cresceram.
Indignada com a injustiça da situação, Marie-Laure contacta os meios de comunicação social. É então que se cria um extraordinário movimento de solidariedade, com a imprensa a passar a mensagem: a coragem desta jovem mãe comove o país, o que lhe proporcionará um apoio inesperado.
Foi para deixar uma mensagem que Marie-Laure quis escrever este testemunho, em primeiro lugar para os seus filhos, mas também para mostrar que é necessário dissolver a teia burocrática imposta às famílias decompostas. Para que a sua luta não morra com ela.
Indignada com a injustiça da situação, Marie-Laure contacta os meios de comunicação social. É então que se cria um extraordinário movimento de solidariedade, com a imprensa a passar a mensagem: a coragem desta jovem mãe comove o país, o que lhe proporcionará um apoio inesperado.
Foi para deixar uma mensagem que Marie-Laure quis escrever este testemunho, em primeiro lugar para os seus filhos, mas também para mostrar que é necessário dissolver a teia burocrática imposta às famílias decompostas. Para que a sua luta não morra com ela.
Sem comentários:
Enviar um comentário